segunda-feira, 14 de julho de 2008

O turco Mamede

Luiz Fuinha parou o caminhão na frente da loja do turco Mamede e fala pra
este:
- Seu Mamede, tem aqui um caminhão de arroz sem nota, o preço é metade, o
siô aceita?
- Claro que Mamede aceita - e vira-se para o filho:
- Caledinho, vai na esquina e se abarecer o fiscal vem correndo pra visá
Bábai.
Começam a descarga e, no meio, aparece Caledinho:
- Bábai!... Fiscal vem vindo!
- Bára tudo e volta carregar - grita Mamede.
Chega o fiscal:
- Venda grande não é seu Mamede?
- Ôh ôh, melhó venda de ano que Mamede feiz...
- E isso aí tem nota?
- Ainda num tem nota borquê Mamede está esberando carregar bra ver
quanto mercadoria quê cabe na caminhón... daí, Mamede tira nota.
- Não pode! A nota fiscal tem de ser emitida antes de carregar!
- Ah!... Antão bára tudo, que Mamede non qué broblema com receita!...
Volta descarregar tudo caminhón e guardar lá dentro do loja!

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