sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Não chamem a velhinha pra depor

Numa cidade do interior de Minas, o Promotor de Justiça chama sua primeira testemunha, uma velhinha de idade bem avançada e para começar a construir uma linha de argumentação o Promotor pergunta à velhinha: 
- Dona Genoveva, a senhora me conhece? Sabe quem sou eu e o que faço?   
- Claro que eu o conheço, Vinicius! Eu o conheci bebê  . Seus pais só choravam, deveria ser pelo pintinho pequenino que você tinha. E, francamente, você me decepcionou. Você mente, você trai sua mulher, você manipula as pessoas, você espalha boatos e adora fofocas. Você acha que é influente e respeitado na cidade, quando na realidade você é apenas um coitado, nem sabe que a filha esta grávida, e pelo que sei, nem ela sabe quem é o pai. Ah, se eu o conheço! Claro que conheço!   
O Promotor fica petrificado, incapaz de acreditar no que estava ouvindo. Ele fica mudo, olhando para o Juiz e para os jurados e sem saber o que fazer, ele aponta para o advogado de defesa e pergunta a velhinha:
- E o advogado de defesa, a senhora o conhece?   
A velhinha responde imediatamente:
- O Robertinho? É claro que eu o conheço! Desde criancinha. Eu cuidava dele para a Neide, a mãe dele, pois sempre que o pai dele saia a mãe ia pra algum lugar se encontrar com o amante. Ele também me decepcionou. É preguiçoso, puritano, alcoólatra e sempre quer dar lição de moral nos outros sem ter nenhuma para ele. Ele não tem nenhum amigo e ainda conseguiu perder quase todos os processos em que atuou. Além de ser traído pela mulher com o mecânico... com o mecânico!!   
Neste momento, o Juiz pede que a senhora fique em silêncio, chama o promotor e o advogado perto dele, se debruça na bancada e fala baixinho aos dois:  
- Se algum de vocês perguntar a esta velha se ela me conhece, vai sair desta sala preso!
FUI CLARO? 

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